quarta-feira, 25 de abril de 2012

Aids: descoberta da molécula que propaga o HIV no organismo

Hoje, os sites dos jornais espanhóis "El Mundo" e "El País" destacaram a notícia da revista internacional "Plos Biology" de que cientistas da Espanha descobriram a molécula utilizada pelo HIV para se propagar no organismo. Essa importante descoberta facilitará a fabricação de remédios mais eficazes para frear a ação do vírus e supõe também um avanço para o desenvolvimento de uma vacina para erradicar a Aids. 
O processo de toda infecção é o momento em que o patógeno entra nas células que quer colonizar. No caso do HIV, esse passo é especialmente delicado, já que o alvo são as próprias células dendríticas, que são as células imunes que fazem parte do nosso sistema imunológico. Elas servem para combater qualquer vírus que invada nosso organismo, levando-o até os gânglios, onde são produzidas substâncias para destruí-lo e acabar com a infecção.
No caso do HIV, isso acaba funcionando como um Cavalo de Tróia, pois ele vai escondido nas células imunes até os gânglios e acaba destruindo o sistema imunológico, atacando concretatemente os linfocitos TCD 4. 
A descoberta foi feita por cientistas do Instituto de Investigação da Aids IrsiCaixa com a participação de investigadores do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC). Além de identificar a molécula chave na propagação do vírus, demonstraram também que eliminando os gangliósidos do HIV se evita que as células imunes possam internalizá-lo.

fontes:



                             O efeito colateral mais pernicioso da Aids


A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) deixou de ser uma doença letal para tornar-se crônica. O que antes era uma pena de morte passou a ser uma enfermidade controlada por medicamentos, garantindo assim, qualidade de vida para a pessoa infectada. 
Atualmente se estima que no mundo há mais de 34 milhões de pessoas atingidas. Nos países onde se tem acesso ao tratamento, o maior efeito colateral é sem dúvida o preconceito social. Mas nos países pobres, muita gente continua sofrendo os efeitos desta síndrome e são onde há maior número de registro de mortes.
Devido a crise econômica dos últimos anos, o investimento nas investigações para encontrar uma cura para a doença, diminuiu. Por isso, o novo descobrimento dos cientistas espanhóis deve ser comemorado e também serve para continuarmos todos tendo esperança de que em breve, essa epidemia faça parte do passado.
Sempre que falamos sobre qualquer avanço no combate à aids, muitos caem nas especulações de que já existe uma cura e que não seria rentável para a indústria farmacêutica comercializá-la. São pensamentos equivocados. Governos do mundo inteiro gastam anulamente muitíssimo dinheiro com investimentos em investigação, prevenção e tratamento. O laboratório que encontrar o medicamento para a cura ou vacina contra a Aids, ganhará muito dinheiro. Portanto é importante saber que o objetivo é o mesmo para todo mundo: livrar-se definitivamente deste vírus. E que quando isso aconteça, não seja um privilégio apenas para países desenvolvidos. Pois apesar da poliomielite estar quase erradicada, ainda acontecem muitos casos na África e na Índia, nos lugares onde não chegam as vacinas. 

                                      mapa de número de casos de aids no mundo


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