quarta-feira, 27 de março de 2013

A falta que faz Renato Russo

Se ainda estivesse fisicamente entre nós, Renato estaria completando hoje 53 anos. Quase duas décadas depois de seu falecimento, o eterno trovador segue na memória de muitos e continua conquistando fãs pelo Brasil a fora.
Percebo que existem muitas pessoas que, assim como eu, se sentem órfãos de Renato. Não somente de sua música, de suas letras, de sua voz cantando. Mas sim também de sua voz falando. 
Renato sempre dizia o que pensava e sentia, publicamente (em seus shows e entrevistas sempre surpreendentes) e também no âmbito pessoal. Três anos após a morte do cantor, a mãe dele contou à uma revista que o filho aos dezoito anos a deixara atônita quando revelou a sua condição sexual. "Mãe, não vou casar com a Ana Paula, porque acho os homens interessantes”. Dez anos depois, contrariando a vontade de sua progenitora, Renato assumiu a  homossexualidade publicamente. "É para lutar contra o preconceito que vou fazer isso, mãe." 
Quem conhecece a biografia de Renato Russo, sabe que ele sempre esteve comprometido com a luta pela defesa dos direitos das crianças, das mulheres, dos homossexuais e outras minorias. Se estivesse por aqui, provavelmente estaria protestando contra a figura de Marco Feliciano na presidência da CDHM.
Gostava da inquietação que esse homem tinha. Assumiu publicamente a debilidade com as drogas e também o esforço que fazia para se livrar delas. Confessava as suas fragilidades com a intenção de ajudar os que passavam pelos mesmos problemas. Não o fez quando foi diagnosticado soropositivo. O contexto naquela época era outro (era quase uma sentença de morte) e não gritou aos quatro ventos para poupar a mãe, que só ficou sabendo que ele era portador do vírus HIV, depois que ele morreu. Provavelmente hoje estaria ressaltando que o pior efeito colateral da AIDS é sem dúvida o preconceito social e continuaria contribuindo para a conscientização sobre o assunto.
Era esse louco que procurava respostas e as divulgavam quando achava que as haviam encontrado, através de suas canções. Transformava a vida, em todas as suas complexidades, em notas que são sinônimos de arrepio, riso e dor. Também de tristeza e de amor.




 

domingo, 24 de março de 2013

O sacrifício animal e a futilidade humana


A cada dia aumenta o número de defensores de cachorros e gatos. Talvez isso seja um bom começo. Poderia dizer que muitos os que defendem esses animais o fazem pela proximidade com eles e porque entendem que os mesmos são incapazes de se protegerem da virulência humana.
Já presenciei discursos apaixonados em defesa da vida de animais domésticos em uma churrascaria. É um exemplo exato de contradição e incoerência. Eu ainda não era consciente da contaminação cultural que existe em sacrificar um ser vivo para se alimentar. É absolutamente normal comer vacas, frangos, peixes e porcos. Provavelmente temos bem entendido que eles foram feitos para saciar a nossa fome e contribuir para a nossa nutrição.
Mas quando surge essa sensibilidade à vida do outro, também aparecem gradativamente algumas questões. Por que separá-los por classes? O animal que é estimado em uma parte do planeta também pode servir de alimento em outra região. É realmente uma questão cultural. Abrir a mente para essa possibilidade é apenas uma questão de disposição à reflexão. Não é necessário ir à Àsia para entender porque em alguns lugares deste continente a carne canina serve para o consumo humano. Nós ocidentais repudiamos esse comportamento porque na nossa cultura os cães são animais feitos para serem amados e não devorados.



Nós somos os únicos animais que podemos escolher o que iremos comer. Temos inteligência para saber o que é bom ou ruim para o nosso organismo. Alimentar-se da vida de outro ser vivo na atualidade é a perpetuação da frivolidade humana em detrimento aos outros animais.
Biologicamente não estamos desenhados para sermos carnívoros, apesar de inúmeras discussões sobre essa afirmação. A indústria da carne é potente e movimenta muito dinheiro. Logo, com tanto poder, não é fácil que a mesma manipule informações à sua conveniência. O mesmo ocorre em outros setores. Não há nenhuma novidade nisso.
O que pode ser novo é o levantamento da discussão sobre até onde as pessoas estão realmente preocupadas com o sacrifício dos bichos. Até onde a nossa moral nos permite caminhar por situações confortáveis. É mais fácil usar argumentos de que "deus criou alguns animais para a alimentação humana" e outros para serem amados. Existe um fundamento religioso nisso também. Mas eu, particularmente não consigo acreditar em um Deus que seja permissivo com o fim da vida que ele mesmo criou. A nossa inteligência é fruto da evolução, mas considero que ela nos foi dada de alguma forma divina para termos discernimento. É crença pessoal e complexa que fica difícil explicar aqui sem transgiversar o assunto em pauta. Há coisas que apenas sentimos.


A informação nos dá a consciência e a partir disso podemos abrir portas que podem mudar o rumo das nossas vidas. Penso que se fôssemos educados a respeitar a vida em todas as expressões, a violência no nosso mundo seria consideravelmente menor.
Existem inúmeros benefícios em renunciar o consumo de carne, desde a preservação do planeta até para a nossa própria saúde. São motivos egoístas, mas sempre são eles que fazem que o comportamento humano mude de direção. Mas para as pessoas que defendem gatos e cachorros, que ficam horrorizadas com o sacrifício dos outros animais para a vaidade humana, sei que o coração das mesmas está mais propício para refletirem sobre esse assunto de forma inteiramente altruísta e humana.
Convido aos que chegaram até aqui a assistirem o documentário "A Carne é Fraca". Considero um dos mais completos sobre o assunto. É uma chamada para a reflexão e consciência.




sexta-feira, 22 de março de 2013

Hasta siempre, Bebo Valdés!

Ainda ontem aqui no blog, escrevi sobre um dos discos que considero um dos melhores dos últimos tempos. "Lágrimas Negras" de Diego e Bebo Valdés.
Hoje, o pianista cubano, partiu. Apesar de sua idade, quando o conheci pessoalmente, fiquei encantado com a sua simpatia e dinamismo. Foi no show de Marisa Monte, em 2006, em Madri.
Na ocasião, pude conversar com ele. O gigante cubano expressou com entusiasmo a admiração que sentia pela cultura brasileira. Havia uma garota baiana que se aproximou de nós enquanto conversávamos e ele demonstrou muito conhecimento sobre a nossa música. Um homem de extremo talento, conhecido e reconhecido, ali, batendo papo com os fãs como se fôssemos amigos de sempre. Falou de Caetano, elogiou Marisa e disse que amava o Brasil e que nutria um carinho especial pela Bahia. Essa calma, essa paciência, esse amor pela vida e respeito pelos outros. Não é o comportamento natural de quem é tão solicitado.
Fica aqui um grande beijo para Bebo Valdés... o cubano de alma universal que viveu a sua vocação de forma tão bela!



quinta-feira, 21 de março de 2013

Lágrimas Negras

É um bolero de autoria do cantor cubano Miguel Matamoros, de 1929.  É uma das músicas mais conhecidas deste artista e que ao longo de várias décadas foi regravado por diverso artistas de diferentes nacionalidades.


Em 2002, o cantor espanhol Diego "El Cigala" (um dos nomes mais reconhecidos do flamenco da atualidade) e o pianista cubano Bebo Valdés se uniram e interpretaram esse grande clássico com verdadeiro primor. Lançado no disco com o título desta canção, "Lágrimas Negras", produzido pelo cineasta espanhol Fernando Trueba, chegou ao público no ano seguinte e é sem dúvida uma das maiores joias musicais de todos os tempos. Aclamado pela crítica espanhola e internacional, foi considerado o melhor disco da música latina  daquele ano, pelo The New York Times.


1.Inolvidable
2.Veinte años
3.Lágrimas negras
4.Niebla del riachuelo
5.Corazón loco
6.Se me olvidó que te olvidé
7.Vete de mí
8.La bien pagá
9.Eu sei que vou te amar


A regravação da canção de Vinícius de Moraes e Tom Jobim  recebe a participação especial de Caetano Veloso, recitando o seu "Coração Vagabundo". 



Em setembro de 2006 pude conhecer pessoalmente Bebo Valdés, um homem que demonstrou que a sua simpatia é igual ao seu talento. Foi no show "Infinito Particular", de Marisa Monte, em Madri. Foi também a primeira vez que vi Fernando Trueba, um dos diretores espanhóis que mais admiro. Depois descobri que ele é um profundo admirador da nossa cultura e pude reencontrá-lo outras vezes em eventos culturais brasileiros na capital espanhola.



 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Elis Regina... doce e pimenta

"Me tomam por quem? Um imbecil? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque quando descobrirem que estou verde já estarei amarela. Eu sou do contra. Sou a Elis Regina do Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo."

















Hoje é o 68º aniversário de Elis Regina, uma das cantoras mais importantes da música popular brasileira. Apesar de seu falecimento há mais de três décadas, sua marca única transcende o tempo e fronteiras. Não poderia ser diferente.
Não é idolatria. É uma mistura de admiração ao belo e o agradecimento pelo bem estar que se sente ao escutá-la.
É ver que sua marca transcende o tempo. É altruísmo em querer compartilhar com os que chegaram há pouco possam também conhecer a beleza de
uma voz controlada por uma pessoa de personalidade única e que se encaixa perfeitamente ao que podemos chamar de independência e liberdade de ser o que se é.
Doce ou pimenta... Elis Regina ou simplesmente Elis!
 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Devaneio existencial

Existem períodos em que questionamos a nossa própria existência. Esse tempo em que parecemos estar suspensos no ar e que não encaixamos em nenhum lugar.
Nada nos agrada realmente e tudo perde a graça gradativamente. Como seres sociais que somos, existe uma necessidade quase que intríseca a condição humana que é de estar em comunicação com o outro, de qualquer forma. Mas em etapas como essa, chegamos preferir a solidão que a companhia que julga e faz cobrança. Porque na verdade não nos importamos realmente com o julgamento e não faremos caso a nenhuma reivindicação. Não dá para saber exatamente onde começa e termina o egoísmo de cada parte.
Observo com pesar a imposição dos fanáticos aos outros. Olho com alegria a posição do que defende seus ideiais sem atacar o adversário, mesmo quando o ataque parece ser a única forma de defesa.
Vejo essas milhares de programações vindas de fontes controladas por grupos diversos, desde religiosos a políticos, cujo objetivo é escravizar o número máximo de pessoas para que possam viver confortavelmente em seus próprios mundos. É visível a necessidade de abocanhar números, ignora-se totalmente a essência humana do indíviduo.
Tento realmente sair dessa engrenagem maluca e injusta que cega todo mundo. Como continuo cego, meu deus!
Estamos sempre vendo no próximo a possibilidade de ampliar nossa sensação de bem estar. Não se discute que o valor da amizade só existe se o sujeito está ali presente como servo fiel.
"É na hora do aperto que vemos quem são nossos amigos!" _ é uma das mentiras criadas e repetidas mais desestabilizadoras para as relações humanas. A bondade casual do desconhecido não seria a expressão natural do próprio ser humano? Não somos todos irmãos? Porque a exigência exclusiva da assistência do outro, que apesar das nossas misérias, segue sendo pessoa e tendo também, por que não, coincidentemente, os seus próprios problemas?
Estamos tão programados a sermos exclusivos que o nosso ego chega a ser quase tão grande quanto o universo. Como princípio básico da evolução humana, ele é imprescindível à sua medida. Mas está tudo desenhado para que esse egocentrismo seja cada vez maior. Todos os problemas que ocorrem no mundo estão relacionados com o ego. Maldita necessidade da aprovação alheia.
Outro dia conversando com um amigo que ficou viúvo há pouco tempo, perguntei como estava o filho dele. Ele me respondeu que estava bem. "Já sabe, criança vai vivendo da novidade de cada dia!" Interpretei isso como a filosofia que tenho da vida e que tento colocá-la em prática: viver exclusivamente o presente, porque é o único que temos realmente.
Crescemos e perdemos essa essência primitiva que é de ser e sentir. Até a religião que deveria ter o papel de aproximar o homem com a espiritualidade, contraria esse preceito na prática. Ter é o que importa para respaldar a nossa existência. A prosperidade espiritual está erroneamente associada com a material.
Até o amor queremos ter e não deixamos simplesmente ele acontecer...


terça-feira, 12 de março de 2013

O medo da panela de pressão

Nascemos com reflexos que são necessários para a nossa sobrevivência e o medo é algo que nos é imposto de forma direta ou indireta.
Ninguém nasce com medo de panela de pressão. A humanidade já existia muito antes dela ser inventada.
Quando eu e meus irmãos éramos pequenos, minha mãe advertia para que não nos aproximássemos do fogão, e preocupada, expressava com palavras e gestos o quanto era arriscado chegar perto do fogo, principalmente se algum alimento estivesse sendo preparado nessa panela que soltava vapor e medo. Aquele apito e aquelas histórias de telhas que voaram longe e pessoas que perderam a vida ao explodir aquele objeto sempre vagaram pela minha mente de forma subsconsciente.
Sai de casa bem cedo. Várias vezes (porque sai e voltei). Morei em vários lugares, com diversas pessoas. Há muito sou o que preparo a minha comida, cuido da minha nutrição de forma apaixonada. Gosto de otimizar o tempo, mas reconheço que até o dia de hoje nunca fui capaz de cozinhar em uma panela de pressão. Esse temor ficou inculcado no meu subsconsciente até hoje.
Na semana passada, um amigo que veio conhecer o Brasil e está passando uns dias aqui em casa, comprou um bicho desse pra mim. Expliquei que já havia comprado em alguma ocasião, mas que acabei doando sem nunca ter usado.
Mas hoje decidi romper esse medo. É um receio idiota, mas que uso como analogia para muitas outras coisas na vida. Se a evolução para mim é a plena liberdade, o medo é uma corrente que atrapalha o  crescimento.
Enquanto escrevo aqui, o gravanço está avançando em seu processo de cozedura e o trem está começando a assobiar.
Perdemos tanto por temer. Para romper o medo é preciso enfrentá-lo e a vitória só depende da coragem de cada um.



quarta-feira, 6 de março de 2013

Adeus, Chorão!

Ninguém vira santo depois que morre (exceto os que são escolhidos pelo Vaticano). Mas respeito é o mínimo que se pede para os que choram pela morte de alguém.
Lembre-se que o julgamento é sempre feito com critérios próprios e isso diz muito da humanidade de cada um.
Talvez seja por identificar uma época mágica da minha vida, ou simplesmente por curtir muito o som que eles faziam nos primeiros anos de carreira.
Por representar uma etapa carregada de ingenuidade e alegria, onde a rebeldia era o caminho "óbvio" para autoafirmação e pura diversão.
Existe também esse lado regionalista que muitos carregamos, e por isso ficava difícil esconder a satisfação de ver Alexandre Magno levando o nome de Santos para o Brasil inteiro, através de boa música.
Mas independente de qual seja o real motivo da minha simpatia por Charlie Brown Jr., lamento profundamente a morte do que fora o cérebro, o coração e a voz da banda.
Descanse em paz, Chorão!

domingo, 3 de março de 2013

Jaques Morelenbaum, o gênio invisível


Há certo tempo presto atenção nos passos de Jaques Morelenbaum, um dos nomes mais importantes da música brasileira, cuja genialidade também já atraiu a atenção de inúmeros artistas internacionais.
Oriundo de uma família que respira música,  além de maestro, é compositor, violoncelista, arranjador e produtor musical.
Quando assisti o filme "Hable con Ella", de Pedro Almodóvar, em Madri, foi difícil  conter as lágrimas ao ver a cena maravilhosa onde ele aparece acompanhando Caetano Veloso interpretando "Cucurrucú Paloma". Para mim é um dos momentos mais valiosos da extensa carreira do diretor manchego. Era a reunião de grandes mestres, em uma sequência totalmente fora de contexto do longa metragem.


Esse carioca de talento ímpar tem em seu currículo a participação em quase 600 álbuns e é impossível falar da história da música brasileira sem citar o nome dele. Caetano Veloso, Gal Costa, Chico Buarque, Tom Jobim, Gilbero Gil, Marisa Monte, Milton Nascimento, Maria Bethânia, e outros grandes artistas brasileiros consagrados e grupos como o Skank, Titãs, Barão Vermelho, entre tantos, já tiveram em suas obras a firma primordial dele.
Sting, Mariza, Clara Montes, Julieta Venegas, Ryuichi Sakamoto, Dulce Pontes, Cesária Évora, David Byrne, Paulo Flores e diversos cantores dos quatro cantos do mundo, também já fizeram parceria com ele.


Formando dupla com Antonio Pinto (outro grande compositor brasileiro, filho do cartunista Ziraldo), compôs a trilha sonora do filme "Central do Brasil", uma das minhas favoritas. Foi na divulgação deste trabalho que pude conhecê-lo, quando concedia uma entrevista ao Jô Soares, em seu programa na TV Globo.
Além do filme de Walter Salles, o artista deixa a sua marca em outras produções cinematográficas como "Tieta do Agreste", "Orfeu do Carnaval", "O Quatrilho", "A Paixão de Jacobina", "Deus é Brasileiro" e muitos outros mais.
Sintetizar a biografia e a obra de Morelenbaum não é tarefa fácil, pois o maestro polifacético com quase 60 anos de vida possui a incrível habilidade de expressar música de qualidade constantemente e esmiuçando sua trajetória, constatamos a sua onipresença, porém quase invísivel para a massa.




sexta-feira, 1 de março de 2013

O cúmulo do absurdo


Ontem foi assinado um acordo onde o PT transfere a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias para o PSC (Partido Social Cristão), onde o nome de Marco Feliciano aparece como forte candidato para ocupar o posto.

"Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato." 
"A AIDS é uma doença gay. A AIDS é uma doença que veio desse povo, mas se você falar, vai colocar eles numa situação constrangedora, não vão conseguir verbas."

Essas e outras pérolas foram ditas e reiteradas várias vezes por este cidadão. É claro que afirmações como essas feitas por um líder religioso acaba perpetuando o preconceito e fomentando a discriminação, em um país onde grande parcela da população carece de instrução e educação de qualidade.


Expressar um conceito é direito de qualquer cidadão. Podemos respeitar os que conservam a contaminação religiosa e professam opiniões equivocadas sobre a sexualidade humana. Estaremos sempre os que iremos responder para deixar claro que nada disso é definitivo e que a evolução é necessária.
Estaremos também para dizer que não existe etnia superior ou inferior e que a raça humana é única e diversa.
Debatemos porque sabemos que é importante romper com o poder tirano dos que manipulam a sociedade e mostrar outras perspectivas.
Respeita-se a liberdade de expressão em qualquer circunstância. Não há um "mas", pois em sociedade civilizada a ideia contrária de um não destrói o direito do outro. E quando isso ocorre, deixa de ser uma simples opinião e passa a ser crime.
Fico com a frase do deputado Jean Wyllis que expressa exatamente a situação: "O fato de Marco Feliciano estar na presidência da CDHM descaracteriza a comissão, mata a sua essência e compromete sua história."
É lamentável essa sujeira que os mais cegos costumamos chamar de traquejo político. 
Colocar esse sujeito neste posto é como dar de presente uma metralhadora para um psicopata.
Não há argumento para justificar tamanha estupidez.