sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Cauã Reymond, quando a beleza passa a ser coadjuvante

O Brasil é um celeiro de excelente atores. Apesar de eu considerar a beleza uma qualidade subjetiva e não colocá-la por cima de outros critérios, principalmente quando se julga o talento de um profissional, reconheço que no nosso país a combinação entre esses dois adjetivos não é algo frequente. Mas Cauã Reymond, assim como Rodrigo Santoro, Ana Paula Arósio e outros poucos artistas, é especialmente bonito e demonstra uma grande evolução em sua carreira.
Sei que surgiu na televisão depois de desfilar por passarelas internacionais, mas nunca pude acompanhar nenhum trabalho dele na telinha. Mas sim assisti oito, dos onze  filmes em que ele atuou. Estou desejando assistir "Reis e Ratos", a história parece interessante e o elenco é formidável.
Acredito que quando um ator possui uma beleza que seduz a maioria das pessoas, o seu trabalho acaba sendo mais exigido e simplesmente por ser bonito, gera uma grande discriminação. Li e ouvi algumas críticas sobre ele e vejo que as negativas estão baseadas fundamentalmente no preconceito. Não posso julgá-lo pelas novelas que participou, mas sim pelo trabalho dele no cinema.
Quando me simpatizo por um ator, e hei de confessar que por ele inicialmente foi pela beleza (eu o acho lindo), acabo prestando mais atenção na sua vocação. Não me deixo enganar por impostores.
Existem atores medíocres que sob um ótima direção faz um grande trabalho, mas aí o mérito acaba sendo do diretor. Mas como nem sempre a boa química entre ator e direção acontece, percebemos facilmente quem é realmente bom. Um ótimo exemplo é a "Eva Perón" interpretada por Madonna, em "Evita", de Alan Parker. Foi sem dúvida o melhor papel da rainha do pop no cinema. É difícil avaliar o talento de alguém por um único papel, pois não temos outras referências para comparar.
Um bom ator é aquele que é lembrado pelos personagens que representou. Mesmo que sejam papéis coadjuvantes. E nesses dez anos de profissão, já podemos dizer que Cauã veio para ficar e só irá se ele quiser.
Por isso digo e reitero que quando Cauã Reymond atua, o belo rosto desaparece para dar passo ao talento que possui. Torço para que continue crescendo como artista e presenteando a seus admiradores essa brilhante capacidade de dar vida a personagens tão diversos.
                                                           Tito (Ódiquê/2004)

                                                       Bruno (Falsa Loura/2007)

                                                Léo (Se Nada Mais Der Certo/2007)

                                                                   Murilo (Estamos Juntos/2011)

                                                                   Tiago (Meu País/2011)
                                                  Hervê Gianini (Reis e Ratos/2012)



Um comentário:

evandro disse...

ele e um ator formidavel!!!
lembro dele em malhaçao, super jovem fazendo muito bem um adolescente e logo as novelas, e seguro ele consegue hoje, fazer seu personagem mais do que sua beleza, talvez ate pq ele sempre e escalado para as novelas, mas isso, seria mais um fator a se juntar ao seu talento