domingo, 24 de junho de 2012

Elizeth Cardoso, A Divina


Como há uma grande carência de novos nomes na nossa música popular, nada como mergulhar no passado e esmiuçar as amplas discografias deixadas por estrelas que brilharam durante décadas e que se tornaram mitos. Elizeth Cardoso é uma dessas, lançou mais de quarenta discos no Brasil e alguns no exterior.
A voz inconfundível que abrilhantou gêneros como o choro, o samba-canção e a bossa nova. A interpretação de "Rosa" (Pixinguinha) por ela é um verdadeiro primor.
Elizeth começou a cantar aos 16 anos, em 1936. Consagrou-se como uma das maiores cantoras da história brasileira e até hoje continua conquistando fãs, o que é normal quando se trata de grandes artistas. Graças a internet, os apreciadores de boa música podem encontrar um vasto material desta grande artista.
Uma das minhas músicas favoritas é "Todo Sentimento", de Chico Buarque e Cristóvão Bastos. Embora tenha sido interpretada por belissimos artistas, é na voz dela que essa canção acaba ganhando exatidão. Dizem que as primeiras vezes que ela a interpretava, acabava interrompendo com um choro copioso de tanta emoção.
A que recebeu vários apelidos como A Noiva do Samba-Canção, Lady do Samba, Machado de Assis da Seresta, Mulata Maior, A Magnífica, Enluarada e A Divina (este último é o mais marcante) faleceu antes de completar 70 anos, em 1991, vítima de câncer, deixando um grande vazio no cenário musical e que atualmente o sentimos ainda mais.


                                                 Elizeth Cardoso e João Gilberto, 1958


                                                  Elizeth Cardoso e Cartola, 1973

                                                 Elizeth Cardoso e Elza Soares, 1974

                                                                    Elizeth Cardoso e Leonardo Bruno, 1976

                              Entrevista concedida a Leda Nagle, quando comemorava os 45 anos de carreira

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