sexta-feira, 1 de março de 2013

O cúmulo do absurdo


Ontem foi assinado um acordo onde o PT transfere a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias para o PSC (Partido Social Cristão), onde o nome de Marco Feliciano aparece como forte candidato para ocupar o posto.

"Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato." 
"A AIDS é uma doença gay. A AIDS é uma doença que veio desse povo, mas se você falar, vai colocar eles numa situação constrangedora, não vão conseguir verbas."

Essas e outras pérolas foram ditas e reiteradas várias vezes por este cidadão. É claro que afirmações como essas feitas por um líder religioso acaba perpetuando o preconceito e fomentando a discriminação, em um país onde grande parcela da população carece de instrução e educação de qualidade.


Expressar um conceito é direito de qualquer cidadão. Podemos respeitar os que conservam a contaminação religiosa e professam opiniões equivocadas sobre a sexualidade humana. Estaremos sempre os que iremos responder para deixar claro que nada disso é definitivo e que a evolução é necessária.
Estaremos também para dizer que não existe etnia superior ou inferior e que a raça humana é única e diversa.
Debatemos porque sabemos que é importante romper com o poder tirano dos que manipulam a sociedade e mostrar outras perspectivas.
Respeita-se a liberdade de expressão em qualquer circunstância. Não há um "mas", pois em sociedade civilizada a ideia contrária de um não destrói o direito do outro. E quando isso ocorre, deixa de ser uma simples opinião e passa a ser crime.
Fico com a frase do deputado Jean Wyllis que expressa exatamente a situação: "O fato de Marco Feliciano estar na presidência da CDHM descaracteriza a comissão, mata a sua essência e compromete sua história."
É lamentável essa sujeira que os mais cegos costumamos chamar de traquejo político. 
Colocar esse sujeito neste posto é como dar de presente uma metralhadora para um psicopata.
Não há argumento para justificar tamanha estupidez. 


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