terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Uma janela chamada Facebook

Com certo discernimento e um punhado de critérios básicos é fácil traçar um perfil aproximado dos que expõem o seu cotidiano no Facebook, a rede social mais popular do planeta que conecta mais de um bilhão de pessoas.
Cada um tem o seu próprio motivo para justificar a participação nesse populoso mundo virtual. É um espaço relativamente democrático e como na vida real, expomos o que apenas queremos que vejam.
Temos a opção de manter a discrição ou explicitar o que vamos jantar da mesma forma que fazemos no dia a dia, diante a sociedade que vivemos fisicamente.
Creio que chegará um dia que não haverá distinção de mundo virtual do real, pois ambos se confundem, principalmente quando olhamos de uma perspectiva mais filosófica, questionando o que é a realidade.
Das inúmeras características presentes no comportamento humano, a sociabilidade e o voyeurismo são duas que são intrísecas à nossa condição. Isso explica o sucesso das redes sociais. Através delas podemos nos comunicar com os nossos independente do lugar que estamos. Temos a facilidade de conhecer pessoas com afinidades similares. E também o prazer que sentimos em observar a vida dos outros, independente de intenções e sentimentos. Seja para aprender ou exercitar esse lado que todos nós fingimos não ter.
Estar a frente de um computador permite observar e acompanhar os passos de muitos. É o olhar da vizinha que se debruça na janela para cuidar dos demais, só que em grande proporção. Existe um juízo bem negativo nesse comportamento que é comum na maioria dos mortais. Não há nada de mal em reconhecer que observamos a vida dos outros. Tentar omitir isso reflete insegurança e até certa sobérbia.
E como a própria vida, temos agregados ao nosso perfil, as pessoas que aceitamos. A seleção é própria e individual. Não costumo reclamar de nenhum amigo virtual, pois tenho a sorte de conhecer a maioria pessoalmente e muitos dos que ali estão, são pessoas que tenho afinidades e interesses comuns. É compartilhar e receber conhecimento e informação de forma peneirada. Identificar-se com outro indíviduo de alguma maneira em algum momento, mesmo que isso não seja pleno e constante. Apesar do complexo e diverso que é cada pessoa, "existem mais coisas que nos unem do que nos separam."



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