quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Silas Malafaia seria caricatura cômica em um país civilizado

Se existe uma figura midiática que me causa preguiça e lástima é esse Silas Malafaia. Sujeito de comportamento vulgar e extremamente ordinário. Desde as últimas eleições presidenciais, o pastor tornou-se popular, seguindo a linha de muitos outros que pegam carona na onda de pregar o ódio aos homossexuais. Talvez ele não esteja realmente preocupado com o que as pessoas fazem com as suas extremidades e orifícios, apenas busca popularidade. Se esse era o conceito que eu tinha sobre ele antes, vendo a entrevista realizada pela Gabi, fiquei ainda mais convencido disso.
Gosto da maneira que Marília Gabriela entrevista, onde ela naturalmente trata de ser imparcial. Mas como a jornalista é uma mulher inteligente, percebi que ela contrariou todos os argumentos infundados desse personagem, transformando aquela conversa em um debate apaixonado. Não tenho muito que acrescentar sobre a posição dela, pois estive de acordo com ela em quase tudo, levando em consideração o contexto da situação. Desde o questionamento sobre a lista da Forbes até a contradição dos princípios cristãos que o próprio diz seguir. Provavelmente o deus de Marília Gabriela é o mesmo em que eu creio.
É lamentável que pessoas como ele seja reclamado pela mídia, isso reflete realmente a mentalidade provinciana de grande parcela da sociedade brasileira. Em países onde o civismo é natural, Silas Malafaia seria a caricatura cômica de uma época passada. Mas infelizmente no Brasil ele acaba sendo o porta voz de muitos na atualidade. Um país onde as pessoas são maioritariamente cristãs e contradizem princípios como o amor. Uma sociedade onde o conceito de família que determina a maioria das religiões como a correta já não existe há muito tempo, mas que ainda não é consciente disso e conserva na alma a repressão e opressão de outrora, segue opinando o que o outro deve fazer. Hipocrisia que é resultado de falta de instrução e conhecimento.
Gostei também do vídeo que o geneticista Eli Vieira fez em resposta aos absurdos ditos pelo senhor Malafaia com tanta propriedade. Não entendo nada de cromossomos e tampouco estou realmente preocupado se a minha sexualidade é determinada pela educação ou genética, porque independente disso, ela deve ser respeitada acima de tudo.
O que me faz comentar sobre esse assunto é precisamente a solidariedade que sinto às pessoas homossexuais. Quem vive dentro do comportamento estabelecido como correto não conhece exatamente o sofrimento de alguém que é considerado diferente. A minha experiência pessoal é diferente de muitos, pois sempre aceitei o que sou. Mas reconheço que para muitos a realidade é diferente devido às circunstâncias individuais. A sociedade brasileira é inóspita para os gays e constantemente ela ganha aliados que procuram apenas notoriedade. O Brasil é o país que dá oportunidades para os que são realmente bandidos.
O sujeito disse que não pretende ser político simplesmente porque pessoas com o perfil dele que já encontraram outra forma de ganhar dinheiro não precisa realmente de nenhum outro tipo de compromisso.



Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente e provinciana a mentalidade da sociedade brasileira.
Felizmente tem muita gente de classe media, e um pouco mais esclarecida que nunca nem ouviu falar desse sujeito.
Oque eu discordo e que eu nao acho que o pais seja mesmo civilizado.