terça-feira, 11 de setembro de 2012

Hortênsia

Hortênsia ontem e nos dias da primeira infância. Época onde não havia tanta intoxicação mental, tempo onde explorar o mundo era a única forma de viver.
Não lembro exatamente quando foi que deixei de observar as plantas, contemplar a beleza das flores e abrir o pulmão sem nicotina para o perfume do belo. Se pudesse recordar o momento exato em que os nossos amigos passaram a ser animais sem consciência e nada mais, deixaria de comê-los quando viesse a lucidez.
Olhando o campo árido castelhano, vi nitidamente que a percepção da vida nunca me abandonara. Permaneceu intacta e sólida. É hora de aprender a desaprender, de eliminar toxinas culturais e biológicas... isso tem gosto de liberdade, prescindir de comer medo e terror. O alimento cósmico é o amor e que maravilha é poder sentir isso sem resíduos religiosos. Que bom é respeitar a vida.
Nesse caminho conhecido para alguns e desconhecido para outros, é uma delícia colocá-lo aos meus pés. Oxalá viesse todo mundo, mas existem coisas que não devem ser inculcadas como se tratasse de uma programação. Existem ventos que precisam ser sentidos.

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