terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A beleza de ser eclético

Quando as pessoas perguntam sobre o meu gênero musical favorito, informo que sou eclético. E assim sou para as demais coisas que existem nesse universo infinito. Algumas afirmam que os que dizemos que gostamos de tudo, carecemos de critério e personalidade. Não me importo. Não há nada mais bonito e prazeiroso que poder apreciar o que está a nossa volta.
É claro que me identifico com algum estilo específico, mas isso não me impossibilita de apreciar os outros. Elitizar gosto é reduzir o campo. É puro condicionamento.
Esses dias escutei em uma festa, "Gatinha Assanhada", de Gusttavo Lima. Dancei e me diverti. Tenho muitos amigos que sairiam da pista porque recriminam esse tipo de música, não só desgostam, como detestam. E não se limitam em apenas odiar, mas tecem comentários que associam esse som a um grupo de pessoas, para eles, inferiores. É como se o que uma pessoa escuta determinasse de alguma forma o caráter ou comportamento dela. É reduzir demais a perspectiva. Os mesmos criticam, por exemplo, o fundamentalismo religioso. Não percebo, a curta distância, a real diferença.
Mas nada disso importa... cada um vive como sente o mundo. Gosto de blockbusters assim como adoro filmes cults. Às vezes até assisto alguns de série B. Leio livros desde a série Sabrina até Franz Kafka. Curto cidades e zonas, sejam rurais ou não. Gosto de cada coisa em seu contexto e muitas vezes, fora dele. Circunstâncias e situações. Só tento não perder nunca a oportunidade de uma boa reflexão e principalmente a de qualquer diversão. É belo comer um prato feito em qualquer restaurantezinho de beira de estrada como se estivesse em um desses restaurantes refinados totalmente elitizados. É muito bom jantar em um bom lugar, mas o mais importante é poder comer quando se tem fome.
É uma forma natural de espantar as amarguras. Não estou livre desses "pecados", mas tomo como um grande exercício a abertura da minha mente para tudo que é novo e já vem carregado de rótulos.

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