sexta-feira, 20 de abril de 2012

Você tem algum "frenemigo"?


A terminologia "frenemigo"(Friend y Enemy) foi cunhada pelo jornalista americano Walter Winchell para referir-se aos inimigos que se passam por amigos. Àquelas pessoas que estão próximas da gente, demonstrando afeto, mas que se alegram pelo nosso fracasso, que desejam de forma velada ver-nos no fundo do poço. 
Quando sofremos alguma desilusão amorosa e essa pessoa responde que não reclama por estar sozinha ou quando mostramos nosso entusiasmo por qualquer coisa e ela é a primeira a jogar um balde de água fria. Quando estamos passando por alguma dificuldade e nosso amigo parece demonstrar felicidade. Essa pessoa na realidade é seu "frenemigo". Age com ambiguidade, e apesar de sentirmos carinho por ele, acaba nos causando dores emocionais. Quase sempre sente ciúmes de nossos êxitos e desfruta das nossas derrotas, de forma consciente ou subconsciente.
Não importa muito se o consideramos inseguro, invejoso ou egoísta. Tentamos justificar o comportamento dele pelo sentimento que nutrimos por ele. Mas relações desse tipo não são nada saudáveis. A melhor solução é tomar distância. Essa pessoa afeta o nosso emocional de forma negativa e isso repercute no nosso bem estar. Totalmente diferente dos verdadeiros amigos, que são protetores e nos fazem muito bem. Amizade é imprescindível para qualquer ser humano. Rimos trinta vezes mais quando estamos acompanhados do que sozinhos.
Indivíduos que regozijam fazendo comentários  cruéis às nossas custas e sempre justificam como brincadeiras, rompem constantemente promessas e acordos, demonstram ciúmes de uma nova relação, não são realmente nossos verdadeiros amigos.
Esse tipo de comportamento vem sendo estudado por psicólogos em todo o mundo nos últimos anos. Pois já está demonstrado cientificamente que os "frenemigos" realmente afetam a nossa saúde. O estresse causado por situações desagradáveis acaba baixando as defesas do nosso corpo. Não há quem suporte tanto vampirismo mental.
Quem tem uma vida social alegre e está rodeado de pessoas com boas energias vivem mais e melhor. 


Temos aqueles amigos mais íntimos, que estiveram e estão do nosso lado sempre, que nos ajudaram a superar momentos difíceis como uma separação ou o falecimento de algum ente querido. São peças importantes para o nosso equilíbrio físico e mental.
Logo estão aqueles que compartilhamos coisas triviais, que saimos para dançar, se divertir, fazer algum esporte ou viajar. Pessoas que nos fazem bem e que não se metem de forma destrutiva na nossa intimidade.
A relação social é muito importante para o amadurecimento do ser humano. Aprendemos muito com os outros, trocamos ideias, experiências e vemos outra perspectiva que não seja a dos nossos olhos. As conversas de elevador, de filas do supermercado ou com o açougueiro, também são saudáveis.
Parto do princípio de que a nossa felicidade está em não depender de nada e de ninguém. Isso não exclui o prazer de estar com pessoas ao nosso lado.
Agora quanto aos "frenemigos", cada um lida a sua maneira. Primeiro é importante saber detectá-los. É sempre bom ter o senso de autocrítica e observar se o problema realmente não está na nossa cabeça. Mas se a companhia de alguém que a gente gosta nos causa infelicidade, o melhor mesmo é se afastar. A distância é fundamental para oxigenar qualquer relação que não esteja fluindo positivamente. O tempo sempre coloca tudo no seu devido lugar.

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