Outra vez. Quando já não recordava o
professor de Aristóteles, ele veio como uma flecha e fez o cupido sorrir. O
órgão que impulsa o sangue acelerou e desde então não descansa em paz. É festa,
é confusão, um tumulto incoercível de sensações.
A razão faleceu, mas a moral ainda resiste.
O egoísmo se confunde com o altruísmo. Pura bagunça. Onde irão parar esses
pensamentos ansiosos por um único destino? Parece que não existem outras portas
e o uniteralismo desse desejo indica não haver fim. Um oceano doce de mares
salgados.
O que não daria por poder tocá-lo e vê-lo
sorrir. A felicidade é a moeda de troca nesses devaneios ousados, alheios à
realidade. A puerilidade é essência pura nesse retrocesso aos anos
adolescentes.
Como alguém pode estremecer e liberar
zilhões de vibrações com um simples olhar? Essa força respalda e é a própria
expressão em si mesma da existência de Deus.
Nessa espécie de montanha mágica que é o
seu corpo, a luz que o seu riso produz ilumina até as trevas da noite em suas
matas. Tê-lo nos braços com o dente da paz é a ilusão que exerce o papel de
combustível para mover as pernas que caminham contrárias à tirania do tempo. O
despotismo do relógio.
Não houve atração igual. Não há necessidade
de comparar. Algo dessa proporção não conhece limites e não entende de escalas
matemáticas. É multiplicar infinitamente de forma simultânea a dividir.
A compreensão da situação de Osment (by
Spierlberg) vem de forma exata, agora. Talvez encontre o que busque,
submergendo ao reino da vida. Mas se encontrar, a coroa será
recíproca nessa angústia de felicidade?
A minha selva já tem um rei.
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