sexta-feira, 8 de abril de 2011

O professor de Aristóteles


Outra vez. Quando já não recordava o professor de Aristóteles, ele veio como uma flecha e fez o cupido sorrir. O órgão que impulsa o sangue acelerou e desde então não descansa em paz. É festa, é confusão, um tumulto incoercível de sensações.
A razão faleceu, mas a moral ainda resiste. O egoísmo se confunde com o altruísmo. Pura bagunça. Onde irão parar esses pensamentos ansiosos por um único destino? Parece que não existem outras portas e o uniteralismo desse desejo indica não haver fim. Um oceano doce de mares salgados.
O que não daria por poder tocá-lo e vê-lo sorrir. A felicidade é a moeda de troca nesses devaneios ousados, alheios à realidade. A puerilidade é essência pura nesse retrocesso aos anos adolescentes.
Como alguém pode estremecer e liberar zilhões de vibrações com um simples olhar? Essa força respalda e é a própria expressão em si mesma da existência de Deus.
Nessa espécie de montanha mágica que é o seu corpo, a luz que o seu riso produz ilumina até as trevas da noite em suas matas. Tê-lo nos braços com o dente da paz é a ilusão que exerce o papel de combustível para mover as pernas que caminham contrárias à tirania do tempo. O despotismo do relógio.
Não houve atração igual. Não há necessidade de comparar. Algo dessa proporção não conhece limites e não entende de escalas matemáticas. É multiplicar infinitamente de forma simultânea a dividir.
A compreensão da situação de Osment (by Spierlberg) vem de forma exata, agora. Talvez encontre o que busque, submergendo ao reino da vida. Mas se encontrar, a coroa será recíproca nessa angústia de felicidade?
A minha selva já tem um rei.

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