sexta-feira, 1 de abril de 2011

O fim da luta

No dia 29 de março, recebi inúmeras mensagens informando sobre a morte de José Alencar. Estava no trabalho e não tinha como ver a notícia. Fiquei triste, pois me lembrei de uma entrevista que ele concedeu, onde dizia que sua maior alegria seria chegar em casa e dizer à sua esposa que estava curado.
O homem de origem humilde que se transformou em um dos maiores empresários do nosso país, foi vice do  presidente mais popular da nossa história, o Lula. E, apesar de algumas divergências ideológicas entre eles, exerceu seu papel como um verdadeiro político. O afeto que havia entre os dois era visível e a admiração recíproca também.
Lembro bem da última campanha presidencial, mesmo doente, Alencar foi um dos maiores militantes de Dilma. Não deixou-se abater pelo câncer e tampouco encerrou-se ao seu drama, demonstrou que, mesmo em um momento extremamente delicado de sua vida, a preocupação pelo destino do Brasil era uma das suas maiores causas.
Não nego minha insatisfação quando ele, na condição de presidente em exercício, não assinara o decreto que instituiria o Dia Nacional de Combate à Homofobia, alegando questões de princípios partidários. Mas na condição de ser humano, não escondo a solidariedade que sentia por ele. O câncer é uma doença cruel que mata milhões de pessoas a cada ano no mundo inteiro. Vê-lo lutando de forma incansável me despertava naturalmente a torcida para que ele ficasse bem.
Foi uma das peças fundamentais para a eleição e reeleição de Lula. Contribuiu muito para a vitória de Dilma. Foi o homem que soube estar. E com certeza, um dos políticos que entrará para a nossa história com uma avaliação bastante positiva.



Nenhum comentário: