Perco a cordura tranquilamente para insandecer de vez. As máscaras são reflexos do que se pretende ser. O disfarce é para os que se consideram astutos, mas que intrinsecamente são fracos. Não, não há aqui um julgamento, afinal cada um tem o seu próprio tempo e somos humanos. Podemos não entender ou até mesmo rechaçar a simples vista. Mas não podemos olvidar que estamos baixo o mesmo céu e que há mais coisas que nos aproximam do que nos separam. A consternação de que a sintonia não existia.
Amplexos furtivos, onde o desejo é sentido de forma unilateral. Contrariar o que se aprende, caimos do pedestal da ingenuidade quando mantemos a crença de que sim, tudo pode ser possível. Podemos sonhar, angariar pretextos para reiterar que a fortaleza de um desejo pode ser indestrutível. Desconstruir ideias, conceitos, romper paradigmas... estraçalhar por dentro o último suspiro da esperança.
Dejetos que poderiam ser puros, mas que são definidos como asquerosos quando não há o toque do espírito. A essência complexa a cada ser, inerente a sua própria condição individual.
Louco desvairado, bêbado de tristeza e desilusão. O perigo de limitar-se a outro campo que curiosamente é construído com os mesmos átomos. Daí a inconstestável presença de algo supremo. Como um jogo virtual, comandado por um sádico, sim, sádico agora, porque tenho a cólera trafegando internamente nas minhas veias. É passageiro, pois logo me redimirei... a redenção dos feridos que presunçosamente acreditam que são bons e merecedores de consumar isso que todos almejam. Cargo um texto de metáforas porque não há pretensão de que nunca ninguém possa entender esses momentos de devaneios. Minha alma já se encarregará de encontrar o equilíbrio, mas enquanto isso não acontece... masturbo a mente e estrupo a minha coerência.
Há tesão na loucura, na ira... logo tudo isso chegará a uma catarse e voltarei ao ponto equilibrado. Mas enquanto isso não acontece, aproveito o tempo que isso sinto para vociferar o que dentro do meu egocentrismo considero pura injustiça. Incrível, há um puro egoísmo em tudo isso. Magnificado, potencializado... "se" ou "quase" não são suficientes para quem sente a ira dos deuses.
Bem resolvido estou, quando não tenho uma puta flecha cravada no peito. Abro mentalmente o coração e cuspo toda a berbena que ela me trouxe. Fugaz. Efêmero.
Oh lord... que a porra da fantasia pueril volte ao seu calcês e a calma não permita que essa simples bolsa material não exploda diante do espelho.Basta de sofismas.
Oxalá essa energia permanecesse um tempo mais e que a minha natureza não me traísse. Me impulsaria a fazer o que sempre fiz, por outros motivos. É tempo de mudança... é hora de reconsiderar o norte outra vez. Agora sou híbrido e caminho inexoravelmente para a complexidade da simplicidade do fim.
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