Dia 05 de maio de 2011, dia histórico não
somente para a comunidade LGBT, mas também para toda a sociedade brasileira. O
Supremo Tribunal Federal aprovou por unanimidade a união civil de homossexuais.
O STF exerceu com exatidão o papel real que
lhe corresponde: defender a justiça. E assim foi. Estávamos cansados da omissão
do legislativo, afinal, são poucos os políticos que se atrevem a defender uma
causa considerada tão polêmica, visando sempre seus próprios interesses
eleitorais. Também estávamos esgotados de ver nossos direitos negados, pautados
por fundamentos religiosos.
Ontem, acompanhando a votação ao vivo,
acabei me emocionando, como disse minha amiga Lídia, com a aula de Direito que
foi dada ali, na Suprema Corte. Os direitos humanos foram defendidos de forma
clara. Das inúmeras frases dos discursos dos ministros, a que adorei ter ouvido
foi dita pelo Ministro Celso Mello, onde expressava que a teologia moral é
respeitável, mas não pode interferir nas decisões adotadas por juízes e
autoridades.
A equiparação de direitos dos casais
heterossexuais aos homossexuais não afeta negativamente a ninguém. Qualquer
crítica é meramente construída em questões morais concebidas por fatores
religiosos. Em um Estado de direito laico e democrático, nenhuma bíblia deve pautar a
justiça.
Estou feliz com a decisão do STF. Contente em
ver que meu país está evoluindo. Para que uma nação possa ser respeitada, ela
deve, antes de qualquer coisa, respeitar a si mesma.
Parabenizo e agradeço a todos os militantes LGBTs, pois sem eles, permaneceríamos marginalizados e não teríamos nossos
direitos reconhecidos. Ainda há um longo caminho pela frente, essa é só uma das
inúmeras vitórias que precisamos para vivermos de uma forma mais justa e digna.
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