Não, não queremos uma ditadura gay. Queremos
apenas o final da ditadura da ignorância no nosso país, responsável pelo
preconceito e discriminação contra as minorias.
Os ataques homofóbicos ocorridos nas
últimas semanas que repercutiram na mídia não são casos isolados. Seria impossível
a imprensa relatar as inúmeras agressões que sofrem as pessoas por serem
homossexuais, diariamente. Só quem pertence a este grupo, considerado
minoritário, sabe que a violência faz parte do cotidiano de milhões de gays no
Brasil, seja física, verbal ou psicológica.
Amamentado pelo moralismo religioso, o
brasileiro é, naturalmente machista. O padrão estabelecido é difícil de romper.
Não haveria necessidade da quebra das normas, se essas não marginalizassem e
discriminassem as pessoas que não se encaixam no que foi ditado por um deus, interpretado
a conveniência de cada Igreja.
Lendo as opiniões de leitores, no final de
cada matéria que aborda o assunto, é difícil não se entristecer. Parece
impossível que algum dia, isso terá fim.
Em uma sociedade democrática, os direitos e
deveres devem ser equiparados. Em um país laico, as leis devem garantir os
mesmos, sem interferência das religiões.
A aprovação do PLC 122/2006 (para entender
o projeto de lei, acesse o site https://www.naohomofobia.com.br/home/index.php,
aproveite o ensejo e firme o abaixo-assinado) é imprescindível para dar o
primeiro passo para o fim da homofobia. As pessoas que são incapazes de
respeitar o próximo por lhe parecer diferente, terão que guardar seus complexos
e preconceitos para si mesmas. É inadmissível que qualquer grupo seja inferiorizado constantemente. Para
o Brasil se tornar um país atual e justo, é imprescindível avançar nos direitos
humanos e para que isso aconteça, precisamos de leis que respaldem os mesmos.
Exigir respeito não é querer impor uma ditadura.
Quem afirma isso é ignorante ou canalha.
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