domingo, 27 de janeiro de 2013
A tristeza é de todos
Costumamos medir o mundo com a nossa própria régua, é uma característica que está presente na maior parte dos seres humanos. A mesma régua é a mesma cela. A prisão que nos impede de crescer realmente e conviver realmente bem com o que nos é diferente. Nos reduzimos a mágoas e ingenuidades que são exclusivamente nossas. Assim fica difícil enxergar as estrelas com a consciência de que a lama é somente outra perspectiva da mesma janela.
Acompanhando as notícias nos portais de notícias sobre a tragédia ocorrida em Santa Maria-RS, li algumas matérias que informavam o pranto da presidente do Brasil que, quando soube do sinistro, cancelou a sua agenda no Chile e voltou imediatamente para prestar apoio pessoalmente às famílias das vítimas ( embora os familiares e amigos de pessoas que perderam a vida são igualmente vítimas) e em seguida li a enxurrada de críticas a Dilma Rousseff, colocando-a como hipócrita e estrategista. Provavelmente as pessoas que identificam a má fé em momentos tão difíceis como esses, são exatamente o que criticam.
Hoje entendi o desalento da presidente. Questionar o pranto dela é não sentir realmente consternação pelo que aconteceu. Lamentar as centenas de mortes em uma tragédia dessa proporção não é um direito exclusivo para uns ou outros, é o comportamento natural de qualquer ser humano com o mínimo de sensibilidade.
Que esse fato sirva de lição para as prefeituras de todo o país, por isso é importante que os responsáveis sejam punidos severamente. Pois fatalidades acontecem, mas o que ocorreu ali, pelas informações dadas através dos veículos de comunicação, foi consequência da negligência por parte dos donos da casa e da admnistração pública competente.
O sentimento agora é de luto, mas espero que em breve não seja de indignação.
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