Essa é a escultura que melhor representa a vida de Camille Claudel. Nela vemos a própria artista suplicando amor a Rodin, enquanto Rose Beuret (caracterizada como uma espécie de bruxa misturada com anjo) o leva embora.
Implorar por um amor que não é recíproco é plangente, mata a dignidade e te leva a loucura. E de forma visceral, Camille viveu intensamente esta condição. Não soube lidar com o rechaço e o abandono. Depois da morte de seu irmão, o único que ainda lhe demonstrava condescendência, foi internada em um manicomio e ali passou seus últimos 30 anos de vida. Nenhuma visita familiar. Camille estava sozinha. Embora fosse considerada louca, a lucidez nas palavras escritas em suas cartas demonstrava o contrário. Foi enterrada como indigente. Seus restos nunca foram localizados. Mas seus excessos, vemos em sua arte. Será todo grande artista um desequilibrado emocional?
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